segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Conto [parte 2]

Antônio com o tempo começou a sentir falta de alguém pra lhe esquentar na cama, pra lhe dizer o que fazer, e por fim até saudade de Maria a quem nunca mais viu depois do tribunal em que consentiram no divórcio. Mas no fundo ele sabia que não era ela que fazia falta, mas o que ela figurava em sua vida, a figura da companheira de todas as horas. Por intermédio dessas reflexões sempre se pegava rindo e resmungando que estava ficando velho.
No começo do isolamento eram dois maços por dia, à medida que o tempo e ansiedade iam aumentando começou a fumar quatro maços diariamente, dizia ele que a fumaça do cigarro lhe ajudava pensar, ou diria não pensar.
Se propôs a escrever para passar o tempo, separou alguns punhados de folha e sentou-se na velha cadeira da sala de jantar e tentou forçar um começo que não veio de imediato. A palavra apesar de aparentemente ser moldada pelo ser, não pode ser manipulada, quando é forçada não suscita o apetite do possível leitor. Pensou em ‘desenhar’ meia dúzia de palavras sobre sua situação e de quanto estava vivendo triste em dividir as estrelas no céu enluarado com a moça de olhos esbugalhados: a solidão companheira fiel de todas as batidas do relógio da parede, mas achou que seria em demasiado pouco ao mesmo que fácil afinal qualquer um é capaz de falar do que lhe dói, do que em si sente, ele sabia que a maestria do autor ficava implícita naquilo que lhe era devaneio, a tão famosa e usada fantasia.
Decidiu de pronto a escrever sobre o cotidiano de um amante amado que declarava seu amor nas letras de música e nas batidas leves do violão.

Meu amor,
Já sei que a hora tarda,
Mas meu coração não quer parar de dizer seu nome.
Tudo busca inspiração na luz
Quem vem dos olhos teus
A lua se faz imponente no céu,
Com as estrelas que compõem sua trança,
E Aqui jaz um pobre vagabundo
Que em ti encontrou o sonhar
nas belas letras da canção do seresteiro
ansiando só em ti somente pensar.
Ò Lua testemunha dos enamorados
Irmã próxima de Deus,
Peça a ele aí dos átrios
que não tire nunca de mim esse amor que me rasga o peito
Que me dói no recôndito da alma
Pois é dele que tiro o fôlego que hoje me faz viver.

Essas frases foram algumas das quais destilou para dar vida ao seu personagem o velho Fulô que aos 60 anos encontrou o mais belo amor nos braços da Dona Graçinha, amor antigo que o caminho tratou de separar. Por ironia do destino os fizera encontrar na casualidade de um passeio de ônibus pelas paisagens do Jardim Botânico, que de fato continuava lindo como sempre fora.
Ao dar vida ao personagem, Antônio interiorizava nele a esperança de encontrar de novo o amor a quem só conhecera na mocidade quando enamorou-se por Maria com quem foi casado por quase 25 anos de sua vida.
Os dias passaram depressa para aquele homem, parecia que o mesmo queria contar somente de dez em dez, quando assustou já estava com a mesma idade de seu personagem que como toda história clichê de amor, viveu feliz para sempre com o seu novo antigo amor.
Tudo já parecia sem sentido neste mundo para Antônio era como se a morte agora fosse sua única espera. Durante todo esse tempo viveu recluso, não mais sabia o que no mundo acontecia muito menos se sentia parte dele que lá depois de sua janela certamente teimava em existir.
Até que um dia não esperado, sua campainha toca insistentemente causando uma aguda dor nos ouvidos tamanha a insistência do batedor da porta, para sua surpresa quando a abriu se deparou com a própria Gracinha aquela a qual fora personagem nas primeiras linhas de Antônio. Sua forma, a cor de seus olhos e de seus cabelos, seu vestido velho e amarrotado, tudo assustadoramente igual ao que havia imaginado quando escrevia a história do amor dessa com o seu fulo.Do outro lado a Sra se apresenta:
_Boa Tarde Sinhô, meu nome é Maria vi que precisa de uma cozinheira por isso estou aqui me colocando à disposição de vossa senhoria caso seja do seu agrado.
Antônio estava estarrecido pela presença da dona que lhe causava tremedeira em suas pernas e não sabia fazer parar de olhar nos olhos dela que continuava parada em sua porta. A moça sem entender o desconcerto do Sinhô que se colocava perante ela como cara de quem se assusta com alma penada, disse sem pensar:
_ Vou-me imbora já que não tenho resposta quanto aos meus serviços.Cheguei agora na cidade grande, partindo das terras dos meus pais após a morte de minha mãezinha, que Deus a tenha em um bom lugar.Conheço nada dessas bandas de cá e preciso arrumar um emprego logo,peço a licença ao Sinhô mas já me vou.
Acordado do sonho que se colocara diante da dona, temendo sua partida, Antônio respondeu-lhe:
_Fica, adentre em minha casa e faça dela sua morada. Sirva-me assim como no sonhos e faz-me companhia nas noites duras do inverno.

Conto [parte 2]

Antônio com o tempo começou a sentir falta de alguém pra lhe esquentar na cama, pra lhe dizer o que fazer, e por fim até saudade de Maria a quem nunca mais viu depois do tribunal em que consentiram no divórcio. Mas no fundo ele sabia que não era ela que fazia falta, mas o que ela figurava em sua vida, a figura da companheira de todas as horas. Por intermédio dessas reflexões sempre se pegava rindo e resmungando que estava ficando velho.
No começo do isolamento eram dois maços por dia, à medida que o tempo e ansiedade iam aumentando começou a fumar quatro maços diariamente, dizia ele que a fumaça do cigarro lhe ajudava pensar, ou diria não pensar.
Se propôs a escrever para passar o tempo, separou alguns punhados de folha e sentou-se na velha cadeira da sala de jantar e tentou forçar um começo que não veio de imediato. A palavra apesar de aparentemente ser moldada pelo ser, não pode ser manipulada, quando é forçada não suscita o apetite do possível leitor. Pensou em ‘desenhar’ meia dúzia de palavras sobre sua situação e de quanto estava vivendo triste em dividir as estrelas no céu enluarado com a moça de olhos esbugalhados: a solidão companheira fiel de todas as batidas do relógio da parede, mas achou que seria em demasiado pouco ao mesmo que fácil afinal qualquer um é capaz de falar do que lhe dói, do que em si sente, ele sabia que a maestria do autor ficava implícita naquilo que lhe era devaneio, a tão famosa e usada fantasia.
Decidiu de pronto a escrever sobre o cotidiano de um amante amado que declarava seu amor nas letras de música e nas batidas leves do violão.

Meu amor,
Já sei que a hora tarda,
Mas meu coração não quer parar de dizer seu nome.
Tudo busca inspiração na luz
Quem vem dos olhos teus
A lua se faz imponente no céu,
Com as estrelas que compõem sua trança,
E Aqui jaz um pobre vagabundo
Que em ti encontrou o sonhar
nas belas letras da canção do seresteiro
ansiando só em ti somente pensar.
Ò Lua testemunha dos enamorados
Irmã próxima de Deus,
Peça a ele aí dos átrios
que não tire nunca de mim esse amor que me rasga o peito
Que me dói no recôndito da alma
Pois é dele que tiro o fôlego que hoje me faz viver.

Essas frases foram algumas das quais destilou para dar vida ao seu personagem o velho Fulô que aos 60 anos encontrou o mais belo amor nos braços da Dona Graçinha, amor antigo que o caminho tratou de separar. Por ironia do destino os fizera encontrar na casualidade de um passeio de ônibus pelas paisagens do Jardim Botânico, que de fato continuava lindo como sempre fora.
Ao dar vida ao personagem, Antônio interiorizava nele a esperança de encontrar de novo o amor a quem só conhecera na mocidade quando enamorou-se por Maria com quem foi casado por quase 25 anos de sua vida.
Os dias passaram depressa para aquele homem, parecia que o mesmo queria contar somente de dez em dez, quando assustou já estava com a mesma idade de seu personagem que como toda história clichê de amor, viveu feliz para sempre com o seu novo antigo amor.
Tudo já parecia sem sentido neste mundo para Antônio era como se a morte agora fosse sua única espera. Durante todo esse tempo viveu recluso, não mais sabia o que no mundo acontecia muito menos se sentia parte dele que lá depois de sua janela certamente teimava em existir.
Até que um dia não esperado, sua campainha toca insistentemente causando uma aguda dor nos ouvidos tamanha a insistência do batedor da porta, para sua surpresa quando a abriu se deparou com a própria Gracinha aquela a qual fora personagem nas primeiras linhas de Antônio. Sua forma, a cor de seus olhos e de seus cabelos, seu vestido velho e amarrotado, tudo assustadoramente igual ao que havia imaginado quando escrevia a história do amor dessa com o seu fulo.Do outro lado a Sra se apresenta:
_Boa Tarde Sinhô, meu nome é Maria vi que precisa de uma cozinheira por isso estou aqui me colocando à disposição de vossa senhoria caso seja do seu agrado.
Antônio estava estarrecido pela presença da dona que lhe causava tremedeira em suas pernas e não sabia fazer parar de olhar nos olhos dela que continuava parada em sua porta. A moça sem entender o desconcerto do Sinhô que se colocava perante ela como cara de quem se assusta com alma penada, disse sem pensar:
_ Vou-me imbora já que não tenho resposta quanto aos meus serviços.Cheguei agora na cidade grande, partindo das terras dos meus pais após a morte de minha mãezinha, que Deus a tenha em um bom lugar.Conheço nada dessas bandas de cá e preciso arrumar um emprego logo,peço a licença ao Sinhô mas já me vou.
Acordado do sonho que se colocara diante da dona, temendo sua partida, Antônio respondeu-lhe:
_Fica, adentre em minha casa e faça dela sua morada. Sirva-me assim como no sonhos e faz-me companhia nas noites duras do inverno.

domingo, 28 de agosto de 2011

Flor rara ~



(Para ler ouvindo 'Perto de Você' - Fernando Anitelli)

Que rara flor brotou no meu jardim
onde a docura exala no ar
e nas palmas de quem acolhe junto a canção.
Fazendo festa onde nasce,
embalando o suave canto dos passaros nas galhas das arvores dançantes.
Espalha tua semente onde a na terra parecia nao viver.
Serena oração que me inebria,entontece.
Ó Doce pirilampo,
ilumina as trevas entre a aurora.
Faz suas pétalas brilharem
enquanto recolhe na tua luz todo nectar desse amor.
E saiba que te recebo com alegria no meu coração, faz dele agora sua morada
e me promete que nunca, nunca vais de novo deixar a escuridão nos tocar.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Retomando os laços ~


(Flor doce de Tiradentes)

Enquanto a hora não avança, eu vou sonhando...
rs

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez...

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar...

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer...

Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
Aprender...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Os Ipês ~



Quer arquitetura mais linda que a das flores de de um Ipê?
E há quem diga que as flores não tem coração...


O céu reverencia ao teu olor inebriante!
Ó solitária fonte de alquimia!
charme especial, ao deleite do caminhante.
Ipê amarelo impõe ao meu canto - poesia!

Nas manhãs ensolaradas sou pontual andante...
atrevo-me aos teus pés por empatia,
recriar no verso a mais nova fantasia,
que em minh'alma irradia abundante!

Assisto teu florescer, aos meu olhos, fascinante!
Vejo o vento colher teu florir arrevelia...
teu cheiro enigmático só contagia...

E... a brisa noturna a te deixar com tanta vida,
a tua parte mais cândida, dividida!
florescer, então, aqui, ali, acolá, noutro lugar!

domingo, 3 de julho de 2011

Days ~

"Meu coração quando está longe do teu
Insiste em bater descompassado,
Hesitante parece querer fugir do peito
Para estar mais perto dos seus braços que são longos e abrasados.
E quando próximo está,
Fica insensato
A ponto de não saber o que quer
Leva-me a falar com a boca
O que nunca deve ser dito a quem se gosta,
Fazendo-me ferir com a maldade de um insensível
A fragilidade do seu coração.
Mas é sempre nos finais de tarde
Que ele tem certeza que quer bater junto do seu,
Quer estar em sintonia com seus olhos
Dizendo sim a tudo aquilo que alguns dizem que não.
Nessa mesma hora
Dá uma vontade danada
Daquelas que comovem a alma
De correr para teu colo,
De suave forma afagar teus cabelos
E da tua boca tirar todo o néctar
Existente no mais sagrado movimento do amor.
Lá do alto eu sei que Deus,
Olha sempre os filhos teus
E da rosa sempre ofertada
tece a seu modo
A pérola mais rara,
Planta no meu coração com raiz forte
A certeza de que era você
A Quem tanto vivi a esperar."

sábado, 2 de julho de 2011

Conto [parte 1]

Antônio disse resoluto:
- Não. Não quero seu abraço, seu beijo. Quero agora, pois a distancia dos vossos lábios, o desencontro de nossos afagos. A rua na qual proponho caminhar é estreita por demais e não caberia alguém estranho a mim. Decido pela companhia dos meus passos e tropeços nesta estrada tortuosa na qual ensejo arribar. Sei que não terei a concordância para tal decisão, mas agora já não restam mais convenções que convergem com meu próprio entendimento. O silencio se faz meu guia é ele que me faz andar por essas bandas esquecidas. Até sua companhia sorrateira me incomoda nestes dias de mar revolto.
Antes que pudesse terminar a sua fala, que mais parecia tese em tal circunstancia a porta à sua frente se fechou pela força da raiva de quem outrora chamou de amor. Pela janela ao lado ainda é possível avistar seu vulto ao longe correndo para onde só onde Deus sabe, naufragando-se em lágrimas pelo amor mal dito e agora renegado.
Maria tinha no seu pensar que amores como o dela e de Antônio não morriam nem debaixo d’água, afinal como ela mesma ouviu na ocasião do seu casamento: “O que Deus uniu o homem não separa.” Ela pensava que esse homem era advindo de um mundo externo ao dos dois. Coitada da pobre moça que não imaginava que esse homem poderia ser o próprio noivo que agora lhe dizia não.
Portas se batem quando a dor extravasa o sentimento é tanto que precisa ser ‘externalizado’, precisa fazer barulho fazer sangrar. E assim ela o fez sem nem sentir-se, provavelmente estará totalmente absorta pela dor do amor ingrato, em algum beco, rua, avenida; acredito que nem deve estar por querer saber onde é o chão o qual seus pés tocam.
E quem fica do lado de dentro de pronto percebe que muito mais uma porta a bater, existia nesse ato toda uma carga de responsabilidade.
Antônio imaginava o que seria de sua vida, agora marcada pela ausência escolhida de Maria. Ele decidira somente viver do que lhe dava prazer, sem tem que se dividir com situações, ou cousas que não julgava interessantes. Quis ter a companhia de seus livros, discos, da sua velha máquina de escrever e de seu cigarro que há um tempo havia largado pela insistência de sua ex-mulher.
Considerava-se auto-suficiente e capaz de viver consigo depois de ter tomado a grande decisão de sua vida, aquela que mudaria de forma global a sua e a história de muitas outras pessoas que seriam atingidas por esse desencontro.
Ele sempre dizia, que devia ter se casado com as letras, fossem elas habitantes dos livros, ou das belas canções que gostava de ouvir.
A sensação de liberdade boêmia das noites de infâmia e de grandes divertimentos, por um tempo lhe bastou, afinal tudo era novo, e aquela sensação de ir e vir dava a ele um ar de adolescente rebelde. Mas não demorou muito para que suas noites se tornassem enfadonhas, percebeu que apesar da sensação de mocidade ele já não gozava os seus vinte anos, e que a idade já lhe doía os ombros nos seus quase quarenta anos.
E desta forma já meio moribundo se isolou dentro das quatro paredes de sua casa grande, aproveitando para submergir neste universo das letras, dos sons e da solidão. Foi um grande momento na vida daquele homem, pois pode se encontrar na sua dor de ser um só.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Desaba~

XXI


“Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...”

Fernando Pessoa


Queria dizer que estou feliz hoje, mas me faltam palavras para isso. Me encontro descontente eu diria até com uma tristeza no peito... Há muito havia feito a promessa de nunca mais me reconhecer igual perante o espelho e agora vejo com lágrimas aquela velha imagem refletida perante mim. Tanto que lutei para achar de mim o que hoje sou, dos sonhos que se renovaram com um belo despertar, do choro cheio de alegria, da cabeça que dormia tranqüila no travesseiro, de tudo que tenho perdido pelo enfraquecimento do espírito.
Agora me encontro aqui diante de Deus implorando misericórdia, me agarrando a uma migalha de chance de não ver todos os meus planos caídos por terra, desconsolada por perceber que o meu fracasso conta com meu próprio voto. Eu só queria uma chance para fazer tudo certo de agora em diante, de poder ser quem sempre fui ou de quem lutei todo esse tempo para ser.
Aos céus clamo piedade Senhor, piedade do meu coração dai-me a tua paz, e que seja feita a tua vontade antes da minha, sei que em nada sou digna, mas como pai amoroso que é sei que conto com a vossa ajuda no meu momento de dor humana. Perdoai-me mestre!

domingo, 1 de maio de 2011

Hoje eu só quero que o dia termine bem

Que tal abrir a porta do dia,dia
Entrar sem pedir licença
Sem parar pra pensar,
Pensar em nada…

Legal ficar sorrindo à toa,toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua

Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo

Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem .

Luciana Melo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Trágico ~




Joana sempre questionava o poder que existe das falas das pessoas que amam.
Cada palavra por mais justa que parecesse levava junto uma carga pesada que quando depositada no outrem fazia arriar as bases de tão robustas que deixava até as bocas entreabertas.
Bigornas-palavras era conclusão que ela sempre chegava.
Sua mãe quando pequena falava sempre que ela era uma menina que vivia no mundo das lua; e no fundo no fundo ela gostava de ouvir isso pois acreditava que as lua tinha um poder cósmico se fazendo de cenário para presenciar as dores e alegrias que lhe acontecia.A vida era como uma aventura presente e o futuro a perspectiva da continuação.
Esse era mais um dos mistérios que ela se permitia questionar, cada pergunta por mais simplória que fosse tinha a capacidade de fazer aparecer mais uma parte do seu mundo de idéias experimentando com tudo sensações indizíveis.
Por um tempo Joana foi feliz enquanto se questionava acerca do mundo e do que ia além dele, mas a medida que crescia, seus sonhos pareciam falidos e as pessoas tratavam logo de dizer que eram em demasia pequenos e delirantes.
Até quem a amava compartilhava do mesmo pensamento, sua mãe já não dizia que vivia no mundo da lua agora desabava sobre ela falas cruéis de quem parece não ter sentimento com o próximo que dirá com uma parte de si mesma.
Joana já não tinha desejos de ver o pôr-do-sol e muito menos de se perguntar os porquês do dia, as nuvens e seus desenhos já não tinham mais graça e as arvores antes belas, agora eram inanimadas.
Tudo por que alguém disse uma palavra 'maldita', por que lhe fecharam a porta das possibilidade, por que colocaram fronteiras onde não havia lugar.
Quando percebeu já não comia, não saia, não falava, não pensava.
E desse desencontro de letras que fora não pensado quando percebeu sua mãe; a filha não mais também vivia.
Na pálida face de Joana somente a contemplação do futuro que agora transcendia o mundo que ela já não mais entendia.
Os balidos de sua mãe entre o silencio da morte que agora a ouvia.

Naykaa



!(Tentando escrever tal como o poeta Alvares de Azevedo em seu livro Noite na Taverna.
Quem me dera chegar aos pés dele).

terça-feira, 29 de março de 2011

Pétala


Guardei para você as flores mais belas do meu jardim,
Aquelas que nem o mais cruel jardineiro ousaria arrancar
A fim de te enfeitar me fiz de rosa perfumada, me fiz de pétala delicada.
Cada pedaço do meu corpinho havia junto o seu singelo nome escrito
Cada pólen meu se doava em sentimento ao se encontrar com os beija-flores, que coloriam e emanavam tudo de belo e de feio que existiam nestas terras encantadas e agora inabitadas.
Mesmo assim você adentrou em minha pátria e não soube me ver, não quis cuidar das margaridas
e em mim só percebeu os espinhos.
As cores do céu quiseram lhe alertar,
pediram quase que implorando que tirasse dos seus olhos a mascara que lhe impossibilitara sua visão.
E você pobre e sem cuidados andou por onde não devia, pisou nas flores e na rosa linda
Que agora sem pétalas agoniza a dor do amor que se faz de morte por ser sem razão.

Naykaa

segunda-feira, 28 de março de 2011

Roda moinho, roda peão ~


(Para ler obrigatoriamente ouvindo ESCONDERIJO – ANA CANÃS)

O mundo anda girando rápido fazendo meus olhos marejarem loucos com o vento que bate suave no meu rosto.
Ainda é difícil aceitar esse rodar, essa solidão nos fins de semana, as dores que doem, os calos que apertam, as pedras que carrego no bolso.
Tudo complicado e eu fico gastando o relógio da cozinha tentando entender o tempo todo como pode ser assim.
Eu que quis tanto ser o mais de boba possível, me fazendo de simples para ganhar o mundo. Vendo nas estrelas uma fuga para minhas dificuldades.Eu que quis tanto que esse tempo chegasse logo e agora que chegou quero logo voltar ao ponto de partida.
Quero voltar a ver minha mãe sorrir pra mim fazendo cócegas na minha barriga, afagando meus cabelos com amor.
Quero as chuvas tranqüilas de inverno, a brincadeira com as bolhas de sabão feitas com meu irmão.
Sinto saudades das tardes que brinquei com as rosas do meu quintal, fazendo casinhas para os tatu bolinhas e tentando falar a língua das formigas.
Rodando e rodando até cair e machucar,e já no chão me perder no azul das nuvens que tecem imagens de coelhos e elefantes em dias ensolarados.
Eu quero a simplicidade de cada dia, conseguir sorrir com os dissabores da vida e ser assim sentimental sem precisar esconder ou ter medo de que alguém faça doer o que em mim é frágil.
Eu quero esse direito de não ter que discutir, brigar, quero a lealdade dos velhos amigos, um colo amigo e sem segundas intenções.
É só isso, não penso querer muito além do que possa me fazer feliz e também as pessoas que eu amo, que são muitas e são parte de mim.
Quando eu penso que toda essa loucura está apenas começando eu sinto medo e choro feito criança no meu quarto com a companhia dos meus sonhos falidos de menina boba.
Eu que quero tão pouco me pego triste e absorta nas memórias e na minha nostalgia necessária.
O Pequeno Príncipe tinha razão : gente grande é tão complicada.


“Procuro a solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Como a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma pra contar nos dedos
Beijo pra ficar aqui
Teto para desabar
Você para construir
Dundarundê aunde iê”

(Ana Canãs – Esconderijo)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Espinhos ~


Estou devolvendo seu sorriso que me encanta e me permite ir além das miudezas da vida.Aproveito também para devolver suas mensagens de carinho, o seu beijo em meus cabelos, o chocolate que me fez quebrar a promessa de não comer doces durante esses dias de penitência.
Sabe o que é, eu quis como tudo isso que lhe devolvo viver um pocuo mais de você, mastigando uma parte do que é seu e daquilo que poderia vir com seu abraço afastado.
Hoje sem querer você se quebrou do meu encanto, não quis aceitar a flor que lhe ofertei em meio aos cactos do meu coração. Simplesmente se calou, se omitiu como alguem insensível que não consegue perceber a simplicidade do toque do sentimento se fechando como as dionéias,sempre feias e rancorosas.
Comeu minha carne, digeriu meu coração.
De principe virou sapo, de amigo passou a ser mais um em meio a grande multidão dos ninguem.
Você partiu cedo e vai deixar tanta saudade...


By Naykaa

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mais uma vez ~



Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!


Legião urbana

segunda-feira, 21 de março de 2011

Interna


(O telefone toca em cima da escrivaninha a música da chamdada é “Samba a Dois”)

-Você gosta de Jazz?
_Haa, não conheço muito; mas um pouco e você?
_Eu também, mas eu acho que se eu conhecer um pouquinho mais eu vou gostar.
_Huum.

...
(voz rouca)
_Você sabe quem está falando?
_Sei, é claro!


(Conversa de dois gatos de botas: Naykaa e Jeff)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Exaspero




"...estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."

Clarice Lispector

Não entendo por que tudo tem dado errado pra mim.
Tudo que meus dedos ousam tocar.
Eu só queria saber onde estou errando, onde devo melhorar.
O que devo fazer, ou ser, sei lá.
Já não percebo o que há diante de mim,
Meus amigos tem fugido me deixado
Quem eu 'amo' não entende, não percebe o meu retrato.
E agora para onde ir se os passos já não deixam pegadas
Se minha sombra não prediz como reajo.
Não sei para onde correr, onde devo caminhar.
Quem me dará atenção, quem ouvirá o meu lamento, o meu penar?
Pra mim só solidão angustia de quem não sabe por hora onde deve enfim estar.

"Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama."

VM

quinta-feira, 17 de março de 2011

Prolixidade




Não posso falar que estou passando por um ótimo momento, visto que de umas semanas pra cá tudo foi só confusão.
E olha que eu estava acostumada com a vidinha pacata de ficar em casa vendo TV, lendo um livro, músiquinha e tals.
Aiii,
é meio redundante, vivo dizendo isso aqui, mas enfim
Por que será que eu sou tão complicada?
‘Nóóssaa Sinhora’ rsrs
Haa mas tá bom também né, tudo que vem fácil vai fácil, alguém já disse isso...

Hoje estou com uma puta saudade do Jeff.
E pra piorar a minha situação já que ele está tão longe, é que adoeci.
Corisa corisa, santa corisa,que belo dia pra você dar o ar da graça.


Interna: Odeio que me acordem com mensagens na madrugada ¬¬”

Nesse momento me traduzo em poema do amado Vinícius de Moares.
Vivendo uma prolixidade aguda...Deus tenha misericórdia dessa pobre alma errante.

Beijo com glitter
=**

Poética

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

Vinícius de Moraes

terça-feira, 15 de março de 2011

Tracejando




“Quando a vida não te der um belo sol pela manhã que te faça perceber o quanto estar vivo é um lisonjeio que Deus lhe permite experiênciar ...
Não pense que ele se esquece de iluminar só por que você preferiu ficar dentro da sua casa, saiba que mesmo por detrás das nuvens ele permanece a dar vida a tudo quanto existe na face terra.”


Naykaa_


Uma das coisas que aprendi com o Juca é que não se deve lamentar uma dor por muito tempo, permitindo nos entregar não mais que por um dia inteiro ou uma noite inteira, ou um dia e uma noite...afinal tudo vai acabar em pizza mesmo, e sempre há de existir coisas maiores que hão de vir.
“E nossa história, não estará pelo avesso assim sem final feliz, teremos coisas bonitas pra contar...” Legião Urbana

A vida é curta só para que não sabe viver, cada minuto pode ser vivido como o último, e eu até diria DEVE essencialmente ser visto desta forma por nós...é o tal do Carpe Diem.
Tudo pode ser remediado, transmutado, renovado, transubstanciado, só basta ter imaginação suficiente para isso e fé, muita fé.
Quanto as lagrimas, essas devem irrigar o terreno do amanhã que deve ser construído mesmo que mais tarde venhamos nos lamentar pelo o que poderia ter sido e não foi.
Aceitar nossas escolhas de coração aberto acreditando que foi o melhor naquele momento, viver um dia de vez com esperança...
Não vão me vencer pelo cansaço.

Beijo aos amigos que fazem sentir saudades.

segunda-feira, 14 de março de 2011


Sem coitadismo nem julgamento cheio de não me toques, não me conformo em viver envolvida em situações nas quais as pessoas usam de sua superioridade para magoar e fazer com que o outro se sinta humilhado e incompetente por ter sido pequeno diante de uma situação que naquele momento era maior que as suas próprias forças.
Quando se percebe que você não passa de um grande de areia em meio ao mar, e que ninguém compreende que para certos momentos a sua veemência e vontade não fazem com que o mar deixe de bater nas pedras.
Diante desse mar me faço pequena e assumo sem usar de empáfia que sou fraca em não conseguir fazer com que tudo saia da forma mais apurada. Digo tudo isso com a sinceridade de um coração quebrantado, e tenho consciência que ainda me faltam muitos passos para pelo menos chegar a um nível que supra a necessidade dos outros antes da minha.
Quanto a essas necessidades que são minhas, concluo com a exclamação de alguém que precisa de muito pouco pra viver e ser feliz.
Por que o grão de areia sozinho é só mais um grão de areia perdido ao léu,mas esse mesmo grão pode um dia ter a sorte de encontrar no aconchego de uma ostra a transformação de sua realidade triste e virar jóia rara em meio a tanta solidão.
Aí jaz minha esperança.

By Naykaa
11/03

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Moacyr Scliar ~

"O importante é o sorriso,
A pureza da criança;
O importante é conservarmos
a criança em nós.
O importante é superar as desavenças
Com rápido perdão, total superação.
O importante é deitar à noite
com o coração em paz,
com a sensação do dever cumprido,
sem peso na consciência.

O importante é saber perdoar a si mesmo,
se cometermos alguma falha,
afinal somos humanos,
renascendo plenamente,
a exemplo do Sol,
que todos os dias renasce pleno,
majestoso e livre
do que fora no dia anterior,
aquecendo e gerando novas vidas.

Precisamos acordar todas as manhãs
com o olhar brilhante,
mesmo que haja chuva,
renascendo de todo o passado,
pois o presente
é o tempo de amar,
é o tempo de viver,
de perdoar e de ser perdoado.

O importante é viver com plenitude,
renascendo sempre,
em cada manhã..."

Moacyr Scliar +17/02/2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cúmulo ~

Neem sei o que escrever hoje, queria tanto postar um texto que escrevi um tempo atrás, mas pen drive deu pau O.ô.

Os dias estão passado vagarosamente, faculdade consumindo até a minha alma.
Tudo bem, é só mais um ano, dá pra suportar...(pelo menos acho)


Tanta coisa pra pensar e pra fazer que no fim não consigo realizar nem um terço do que é planejado.
Fim de semana promete ser tedioso ¬¬
Vamos ver.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Poetisando ~





Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.

Martha Medeiros

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Maré ~

Ventos novos vem soprar~
Maré nova ...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Para alguem que disse Adeus~


É,
pensei que não mais voltaria a 'falar' com você sobre isso, mas percebo com qual insistência persiste em falar sobre o que tivemos ou fomos um dia...

Recapitulando:

Você me deu Adeus.
Simplesmente virou a esquina e como quem não queria e queria ao mesmo tempo; SUMIU.
Deixou-me no meu vazio, na minha solidão, esqueceu dos carnavais, colombinas , e Arlequins.
Não quis mais que eu fosse quem seguraria sua mão ("Não vão embora daqui eu sou o que vocês são não solta da minha mão... LOS HERMANOS")
Confesso que foi como bater com a porta na minha cara, não sei se lembra ainda, mas chorei, não uma nem duas, mas várias vezes, por esse Adeus.
Depois de você ter andado por aí, e com certeza ter caido em si percebeu quanta besteira havia feito... Mas já era tarde pra remediar uma dor.
Confesso, quis voltar,mas usei de empáfia por varias vezes e me disse não , resolutamente não.
E assim dias foram passando...
E agora uma vez mais pergunto:

Será que todas esses versos dizem certo o seu amor?
Dificil acreditar depois de tantos desencontros... eu não fui alguem platônico em sua vida.
Eu estive com você, tivemos oportunidades diversas, mas o que fizemos com todas elas?

Pelo visto ficaram pelo caminho que já passou e será que posso dizer ...não voltam mais...???

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Saudade... ~




"Aos olhos da saudade como o mundo é pequeno."
Charles Baudelaire


PLATÔNICO

O PLATÔNICO EM MIM EXISTE.
CHEGO AGORA A ESSA CONCLUSÃO TARDIA PELA CONSTANCIA EM QUE PERCO EM DEVANEIOS SENTIMENTAIS E PELA FORMA COM QUE DESPRENDO DELES, COM A SINGELEZA, DE QUEM ESQUECE SEU GUARDA-CHUVA EM DIAS ENSAIADOS DE TROVOADA.
PERMITINDO-ME MOLHAR COM O ORVALHO E DESTA FORMA SONHANDO, SEM A CERTEZA DO POSSÍVEL SEM AS AMARRAS DO QUE É REALIZÁVEL.
TEÇO UTOPIAS ASSIM COMO NOS ROMANCEIS ÉPICOS SÓ VISTOS NO CINEMA, ONDE O QUE IMPORTA NEM É O ESTAR JUNTO, MAS SIM O SENTIMENTO MAÇICO, ONDE O FIM É SEMPRE A FELICIDADE MÚTUA, PERTO DEMAIS OU QUEM SABE DISTANTE, OS CAMINHOS É QUE AO CERTO SABERÃO.
A TENUE FRONTEIRA ENTRE ESSAS FANTASIAS ELABORADAS PELO MEU PENSAR E O VERDADEIRO SER É APENAS NORTEADA PELO SINCRONISMO ADQUIRIDO EMPIRICAMENTE.
PELOS VERBOS SER, VIVER, EXPERENCIAR.
FAZENDO A SOMA DOS TRÊS CONSIGO ENTENDER COM MINUCIA O AZEDO DAS FRUTAS AO MESMO QUE A DOCILIDADE PASSIVEL DE ER ENCONTRADA NAS MESMAS.

Escrito em Nov/2010
By Naykaa