quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cansando ~



'Tô' cansando...
É isso mesmo.
Cansando do trabalho, da faculdade, dos amigos, das pessoas, do meu cachoro,do celular que não funciona, da minha cara cheia de manchas, do espelho, dos livros , do sono ; do óculos no qual não consigo me adaptar... enfim cansando de tudo aquilo que esta envolvo a mim .
Tudo que tem ligação comigo me deixa exausta só de pensar.

Preciso do mato, da tapera, de chão de terra para meus pés, de noite limpa enluarada, de jogar 'queimada'com os meninos mais novos.
Preciso ver o sol sem pensar, elaborar desenhos imaginários nas nuvens, preciso embalar ao som de Michael Bublé, de ouvir novamente os passaros, de ver arco iris pintando meu quintal, de chuva límpida para lavar a alma, da história que abandona os sonhos e sai por aí andando sem saber para onde.

Eu preciso, preciso, (não é de um companheiro ¬¬")
Preciso antes da minha companhia, de tudo que partiu pra nunca mais voltar.
Das coisas bonitas que me faziam sonhar...
Mas não sei, não sei onde encontro o marasmo desse estado, por aí anda perdido se posso considerar que eu um dia foi encontrado.

Não sei, eu já nã entendo mais, eu já não sinto, nem vejo.
Perdi os sentidos, ganhei um fardo que julgo não ser capaz nem de carregar.

Inútil paisagem, poeira quem nem o vento se presta levar...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aprendendo com o Taz~



"Misantropia é a característica de quem está misantropo, isto é, aquele que tem, em determinados momentos, preferência pela solidão, aversão à sociedade humana."

Não conhecia essa palavra tão pouco o seu significado, eis que o Taz me joga esse termo e vou dormir curiosa , querendo entender essa tal de misantropia.
O fato é,
acho que experimento um pouco desse sentimento de desgosto pelos torpes mortais.
(E olha que quando o Taz expunha esse sentimento eu o considerava louco)

É como naquela frase do Charlie Brouw :
"Eu gosto da humanidade, o que eu não suporto são os humanos."

Mais ou menos isso... sei que pode parecer meio contraditório já que sou Cristã e como tal devo amar meu próximo,mas não considero ofensivo nutrir esse sentimento, já que eu não os odeio, somente não os suporto e isso inclui a mim que também sou demasiadamente humana.
Pode parecer até presunção o que digo, mas eu só sei ser o que penso.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Nexo



"Escrever é esquecer.
A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."


Fernando Pessoa


Queria não ser tão boba.

Começo com a afirmativa, na expectativa de que meus olhos não cessem de ler o que escrevo.
Um fato:
Quando dizer; rabiscar; se torna demasiadamente simplório é quando se percebe quaão longe os nossos desejos vageueiam.

Beijo master para a menina do espelho lilás.
=**





PS¹: Não sei por que no começo dessa noitinha ensolarada me bateu um gosto estranho na boca.
Eu hein, parece até saudade.

PS².:Ahh, aprendi neste dia que saudade é o amor que fica.

terça-feira, 19 de outubro de 2010



As arvores lá fora permaneciam inertes. O vento, seu irmão mais novo, não quis perturbar o sono leve de suas irmãs. Em sintonia, o céu não quis ter cor e continuou cinzeto-arroseado demonstrando que o matreiro do menino vento ainda daria o ar da graça naquela noite.
E nós estamos ali, em meio a toda essa família, deitados no verde da relva deixando os pingos de chuva purgar tudo o que fora adquirido outrora até nos encontrarmos. Permitindo que nossas máculas se fossem junto à água, levando embora nossos pecados e sonhos solitários.
Era como se o peso fosse discretamente distribuído em todos os elementos, como se flutuássemos sobre as gotas de água, sem esforço, nem movimento. Ao mesmo que girávamos como cata-ventos em noites de friagem desfazendo as fronteiras entre nós, agora estreitada, pelo leve toque dos nossos lábios que permaneciam quentes diante de tanta gelidez noturna. Dispersos pelas ruas tão cheias de ninguém nos perdíamos na simplicidade de dois amantes órfãos de felicidade, nos permitíamos assim experimentar sem roteiros, falas, sem planos concebidos por antecipação e naquele instante ainda sem cogitar o fim.
Intensas foram àquelas horas, embora finitas. Restou agora o preto, e o branco.
Com nossa partida no mundo inteiro faltou cor, o viço, a vida. Faltou o céu para testemunhar, o chão para orientar... E no fim já nem restaram linhas e sinceramente já nem sei mais se existe algo.
Tudo vão,
Não.


By, Naykaa_
18/10